Janeiro roxo é o mês em que se promove a conscientização da detecção precoce e tratamento para hanseníase, ou lepra, doença que apresenta 30 mil novos casos todo ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
A campanha conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Hansenologia, que coordena as ações de conscientização da doença em todo o país.
A iniciativa faz parte das campanhas nacionais sobre outros temas de igual relevância para a saúde da população, como o Setembro Amarelo (para a prevenção do suicídio), Outubro Rosa (para prevenção do câncer de mama), Novembro Azul (para a prevenção do câncer de próstata) e Dezembro Vermelho (para conscientizar sobre o vírus HIV).
O Brasil concentra 90% dos casos na América Latina e ocupa o 2º lugar no ranking mundial, atrás apenas da Índia.
Neste artigo, nós vamos falar sobre o que é a campanha janeiro roxo e a doença de hanseníase, quais são os sintomas, as causas e se o plano de saúde cobre tratamento para hanseníase.
Desde 2016, o Ministério da Saúde oficializou o mês de janeiro para a conscientização sobre a hanseníase, anteriormente conhecida como lepra, e a cor roxa para pontuar as campanhas educativas sobre a doença que ainda é vista com muito preconceito e desinformação.
Hanseníase é uma doença infectocontagiosa milenar que, ainda hoje, continua sendo uma doença presente em muitas partes do planeta.
Essa infecção é causada por uma micobactéria denominada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, este segundo nome em homenagem a Armauer Hansen, cientista norueguês responsável por identificá-la no ano de 1873.
Caracteriza-se por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes.
Acomete homens e mulheres em igual proporção, em qualquer idade e afeta principalmente pele e nervos periféricos (superficiais).
Para que haja contaminação é necessária uma exposição prolongada à bactéria, porém, apenas uma pequena parcela dos infectados desenvolvem a doença.
Sua transmissão ocorre através das vias aéreas superiores, por contato com gotículas de saliva ou secreção nasal.
Os primeiros sintomas podem levar de 2 a 7 anos para aparecerem. Trata-se de uma doença crônica de evolução lenta.
Iniciado o tratamento, o paciente deixa de transmitir a doença.
Sim, a hanseníase, ou lepra, tem cura.
O tratamento é feito com antibióticos, com duração média de 6 a 12 meses e não há necessidade de isolamento.
Quanto antes a doença for detectada maiores as chances de cura sem deixar sequelas, assim, como a redução da transmissão a outras pessoas.
Sim, todos os planos de saúde devem cobrir o tratamento para hanseníase.
A Lei 9.656/98, que regulamenta os planos de saúde, estabelece que deve haver a cobertura do tratamento de todas as doenças listadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A hanseníase também faz parte do rol ANS que contém a relação de todos os eventos, consultas, exames e terapias que os planos de saúde são obrigados a incluir.
Um exemplo é a realização de baciloscopia e eletroneuromiografia, exames realizados para auxiliar no diagnóstico da hanseníase.
O rol de procedimentos e eventos ANS é válido para os usuários de planos contratados a partir de 1 de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9656/98.
Sim. O tratamento pode ser feito gratuitamente nos postos de saúde ou nas clínicas da família de qualquer localidade do país.
Se a hanseníase não for tratada, pode causar lesões severas e irreversíveis. O tratamento cura a doença, interrompe sua transmissão e previne incapacidades físicas.
Agora que você já sabe as principais informações sobre como a hanseníase é transmitida veja também outras doenças que causam lesões na pele e possuem campanha de conscientização como Dezembro Laranja e Câncer de Pele: sintomas, prevenção, tratamento e 5 fatores de risco.
Solicite sua cotação com nossa executiva direto pelo seu WhatsApp clicando no botão abaixo.
