A procura por como conseguir fazer a redução de mama pelo plano de saúde tem crescido nos últimos anos entre os procedimentos incluídos no rol ANS.
O excesso de peso nos seios pode causar desconforto, dores e interferir na autoestima e qualidade de vida das mulheres. Por isso, muitas delas têm buscado por cirurgias para corrigir o problema.
De acordo com o último censo realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em 2018, houve um crescimento no setor de 25,2% nas cirurgias estéticas e 9,3% nas intervenções reparadoras.
Ainda conforme o levantamento, 70% das cirurgias plásticas são femininas. A mamoplastia ou mastoplastia redutora lidera a lista, junto com implante de silicone nos seios, lipoaspiração, abdominoplastia e mastopexia.
Veja a seguir em que situações a cirurgia de redução de mama é recomendada e se o plano de saúde pode ou não oferecer cobertura.
Mamoplastia redutora ou redução de mama é um procedimento cirúrgico realizado com o intuito de aliviar o desconforto físico e estético causado por seios muito grandes.
A redução de mama é indicada quando o tamanho excessivo dos seios causa problemas físicos e emocionais na mulher.
O peso das mamas pode causar dor nas costas, no pescoço e no ombro da paciente. Assim como irritação na pele abaixo do sulco mamário ou depressão nos ombros, no lugar das alças do sutiã.
O procedimento também é indicado para pacientes com mamilo abaixo do sulco da mama e quando os seios não são sustentados.
Há casos em que os seios grandes dificultam também a prática de atividades físicas. Portanto, a finalidade principal deste tipo de cirurgia é proporcionar maior qualidade de vida à mulher.
A diminuição das mamas também pode ser feita em homens por meio de um procedimento chamado ginecomastia.
Sim, trata-se de um procedimento cirúrgico que pode ser realizado em qualquer idade. Todavia, a recomendação médica é de que se aguarde até o desenvolvimento completo dos seios.
Outro aspecto a ser levado em consideração é se você deseja ser mãe, pois a mastoplastia redutora pode interferir na amamentação. Neste caso, é importante que você tire todas as dúvidas com seu médico antes de realizar a cirurgia.
Com o avanço tecnológico das cirurgias plásticas reparadoras, hoje, existem várias técnicas para a redução das mamas.
A escolha do método cirúrgico é determinada pelas particularidades anatômicas da paciente. Também dependem das preferências pessoais da mulher e das recomendações do cirurgião.
Em geral, a cirurgia é realizada por meio de incisões nos seios com a remoção do excesso de gordura, do tecido glandular e de pele. Mas, em alguns casos, a técnica também pode ser combinada com lipoaspiração.
Como todo procedimento cirúrgico, a mastoplastia redutora tem riscos, mas geralmente eles são mínimos.
Para isso, é importante que a paciente siga todas as recomendações médicas do pré-operatório.
Os principais riscos associados à cirurgia de redução de mamas são:
Mudanças nos seios, durante a gravidez, também podem alterar os resultados da cirurgia, assim como oscilações significativas de peso.
O sucesso de uma cirurgia está relacionado diretamente aos cuidados da paciente com a sua saúde, antes e após o procedimento. Para minimizar os riscos é importante que você siga as recomendações médicas.
Entre as principais orientações destacam-se:
Após o procedimento, os cuidados com o pós-operatório são indispensáveis. Dessa forma, você evita complicações e garante uma boa recuperação.
As principais recomendações médicas pós-cirurgia são:
Sim. Geralmente as cicatrizes decorrentes da mastoplastia redutora são em formato de “T” invertido ou de âncora, tendo início ao redor das aréolas. Há ainda uma cicatriz periareolar (em volta da aréola).
No início, a cicatriz é avermelhada e com o tempo a coloração é suavizada.
A depender do caso, algumas técnicas permitem reduzir a dimensão de algumas dessas cicatrizes.
Sim. Atualmente, há algumas técnicas realizadas que permitem a redução da mama com a colocação de implante de silicone na mesma cirurgia.
Mas é necessário que o cirurgião domine este método, pois os riscos aumentam, assim como o tempo da cirurgia.
Para saber se este é um procedimento recomendado para você, procure um profissional experiente e que tenha a indicação de outras pacientes com experiências bem-sucedidas com a redução das mamas.
A cirurgia de redução de mama não faz parte do Rol de Procedimentos da ANS. Entretanto, nos casos em que o procedimento é recomendado por questões de saúde e não tem finalidade exclusivamente estética, o plano de saúde deve cobrir a cirurgia.
O procedimento pode ter cobertura quando a paciente apresenta dores nas costas causadas pelo excesso de peso nas mamas, irritação na pele, depressões nos ombros no lugar da alça do sutiã e/ou dificuldade para praticar atividades físicas.
Nestes casos, a negativa da operadora pode ser considerada abusiva. Por isso, é importante que você exija seus direitos.
Para que você consiga a autorização do plano para realizar o procedimento é necessário que o seu médico especifique a indicação clínica do tratamento cirúrgico e os problemas de saúde que você apresenta em razão dos seios muito grandes.
Conseguindo a autorização para a realização do procedimento cirúrgico, o plano de saúde vai arcar com os seguintes custos: internação, cirurgia e honorários do profissional escolhido.
Diante de uma situação em que o convênio negue a cobertura de uma cirurgia plástica considerada reparadora, o paciente pode procurar um advogado especialista na área, munido de relatório médico, com a indicação expressa e justificada da cirurgia e a negativa de cobertura do plano de saúde.
Atualmente, há operadoras que possuem planos com cobertura para cirurgias plásticas, mesmo com objetivo estético, com o intuito de oferecer um serviço diferenciado aos seus clientes.
Contudo, é importante que você saiba que, por lei, elas não são obrigadas a oferecer cobertura nesses casos.
Conheça os procedimentos médicos que devem ser cobertos pelo plano, de acordo com o Rol de Procedimentos da ANS.